Como a exclusão do glúten pode piorar seu controle glicêmico?

Tapioca, polvilho, farinha de arroz, macacarrão de arroz, de milho e de mandioca, amido de milho, produtos industrializados específicos e outros tantos alimentos utilizados como substitutos ao glúten normalmente são pobres em fibras e não há evidências suficientes sobre benefícios em pessoas saudáveis.


Estudos ainda apontam maior desenvolvimento de diabetes tipo 2 em pessoas com fatores de risco quando aderem à essa restrição sem indicação e sem planejamento/acompanhamento.


A Doença Celíaca  é uma doença autoimune assim como o diabetes tipo 1 e existe maior propensão de pessoas com diabetes tipo 1 à desenvolverem quando comparadas à população geral. Neste caso, a exclusão do glúten é a conduta adequada, melhorando o quadro clínico de maneira geral e podendo melhorar o controle glicêmico se forem utilizados outros grãos integrais e hortaliças no lugar de farinhas refinadas e produtos industrializados/ultra processados.


Ter Doença Celíaca envolve muitos desafios, desde a dificuldade de encontrar alimentos seguramente isentos de glúten e pagar caro por eles, até ser capaz de reconhecer novas possibilidades de alimentos substitutos à alimentos tão comuns no nosso dia a dia.


Além disso, dados epidemiológicos confirmam que pessoas com Doença Celíaca que iniciam o tratamento estando acima do peso, continuam acima do peso após isenção do glúten.


Há exames específicos para identificar a doença celíaca e seu médico deve avaliar essa necessidade.
No mais, procure um nutricionista para avaliação e prescrição individualizada! 😉


Carolina de Souza Silva Macedo
Nutricionista e Educadora em Diabetes
CRN 29096

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